sábado, 26 de maio de 2012

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 estopim                               {meu verso}                

memórias à beira de um estopim,
ou de como vivemos de negações para colher afirmativas

                                  {como uma mão aberta esperando
      um cumprimento que não vem}

memórias à guisa de um motim,
ou de como o fato de existirmos anula a existência de Deus

memórias à beira de um estopim,
ou de como a lágrima que não derramei
 pelas torres gêmeas são verdadeiras

memórias à beira de mim mesmo,
ou de como, em mim mesmo,
sou memórias e fatos – sou concreto e acontecimentos

    {como uma boca aberta
                                      esperando um beijo que não vem}

memórias à guisa de um motim,
ou o motim em torno de minhas memórias?
        :         expludo?

estopim à beira de minhas memórias,
ou de como o pavio descansa em minhas mãos
– e o fogo em tuas
:     explodimos?                                   !

                                   {como uma trincheira aberta
                                 esperando a granada que vem}
memórias a