sofrendo delírios por doses excessivas
de xarope para o pigarro e a tosse! –
dos trópicos , onde te perdi?
Ó fotocópia do pai
amassando com o calo dos pés
os caramujos da esquistossomose :
educado naturalmente por um brejo
povoado por destemidos vermes –
no pequeno peixe que resistia
expelidos pelos intestinos da civilização ?
Ó minúsculo sonhador
pelas placas de trânsito
e a convivência com as rádios AM –
nas axilas daquela cidade
e goiabas melhores do que homens ?
Ó incansável infante
das guerras televisionadas
dos vazamentos radioativos
discutidos nas mesas de bar –
a crer que a tua casa seria o próximo alvo ?
Ó ignorante de si mesmo
num dia esquecido por todos
Ó curioso moleque
interessado na decomposição dos ratos
na fratura exposta , no fogo nas petroquímicas –
no olhar no passo na voz
e retorno em seguida
do livro comerciais de metralhadora
7 comentários:
Talvez não venha porque ainda está.
Alguns medos são coletivos.
Gostei muito, abraços amigo!
Muito bom o poema... como tivemos infancias parecidas na mesma cidade eu achei muito bom a descriçao... abraço!
Um beijo Nolli, e bom ler este menino que nos habita, que nos dilacera, que nos encerra e nos abre a mais poesia sempre.
Um beijo grande e sempre carinho.
Carmen.
a poesia é sempre uma revelaçao e purificaçao da alma,bem amis que uma fuga simplista.. Gosto disso.Abraço.
sempre POTENTE e tremendamente actual a sua poesia, meu camarada!
muitos abraços
jorge
Nolli,passando e relendo seus poemas. deixando um abraço.Informo nova casa:Skinas Poeticas ou polifônicas...Rascunhado sentimentos.http://skinas.zip.net/
Belíssimo poema, Rafael!
Bem ao teu estilo!
PS: ele completa hoje um mês de publicação nesse blog
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