sábado, 26 de maio de 2012

memóriasàbeiradeumestopimmemóriasà


 estopim                               {meu verso}                

memórias à beira de um estopim,
ou de como vivemos de negações para colher afirmativas

                                  {como uma mão aberta esperando
      um cumprimento que não vem}

memórias à guisa de um motim,
ou de como o fato de existirmos anula a existência de Deus

memórias à beira de um estopim,
ou de como a lágrima que não derramei
 pelas torres gêmeas são verdadeiras

memórias à beira de mim mesmo,
ou de como, em mim mesmo,
sou memórias e fatos – sou concreto e acontecimentos

    {como uma boca aberta
                                      esperando um beijo que não vem}

memórias à guisa de um motim,
ou o motim em torno de minhas memórias?
        :         expludo?

estopim à beira de minhas memórias,
ou de como o pavio descansa em minhas mãos
– e o fogo em tuas
:     explodimos?                                   !

                                   {como uma trincheira aberta
                                 esperando a granada que vem}
memórias a

5 comentários:

Anônimo disse...

as memórias nos detonam

ao se detonarem

ou quase isso

jorge vicente disse...

Muito bom, meu amigo!!!!

Abraços meus!
Jorge

Cássio Amaral disse...

As memórias são a explosão do nosso existir.

Abração Nolli. Estamos com saudade de vocês aí.

Eliane F.C.Lima disse...

Cada poema seu sempre me traz essa impressão de granada explodindo, essa seria a metáfora perfeita para eles. Eles são também a tradução mais perfeita do motim que, se espera, deve preencher saudavelmente o peito de um jovem. Tenho me surpreendido com o conformismo da moçada de hoje, diante de um mundo caótico e mal conduzido por um capitalismo devastador. Mas há poemas. Ainda bem que há poemas.
Eliane F.C.Lima (Blogue "Poema Vivo")

Joakim Antonio disse...

Memórias equilibrando-se e retornando.

Abraços