XXXII
12/06/03
Grifo-o,
em alto-relevo ,
para os que não podem ver ; grito-o, em altas palavras , para os que não podem tocar .
Risco-o,
na areia , para
os que estão de passagem ;
selo-o, nas estrelas , para
os que não
têm pressa .
O seu nome eu risco na semente , para os que estão por vir ; cravo-o nos olhos dos mortos ,
para que os mortos possam lembrá-lo sempre .
E vou fazendo até
que não
conseguirei suportar mais
a fome e passe
a correr Coca-Cola em
minhas veias .
* do livro Memórias à Beira de um Estopim
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