os
egípcios
(&
talvez os mesopotâmicos)
procuraram
(em vão)
por
ele ( )
dissecando
seus reis & seus gatos
&
nada viram além de vísceras
verme
alojado
– os românticos dizem que no peito
os capitalistas nos bens
os
místicos na alma –
em
algum estranho desvão
de
onde com seus estranhos mecanismos
coloca
o organismo sob o seu comando
(a
giárdia a solitária a lombriga
para ficarmos em poucos exemplos)
lembra
– já que tudo nos é permitido especular–
uma peça que
se instala sem que se queira
&
que muito pouco
– ou quase nada –
– ou quase nada –
se
pode fazer que a impeça
(vírus
de site pornô
OU
[que baste essa imagem
na
falta de outra melhor])
em
alguns (os bem-aventurados)
desgastada
a peça (uso, fatores climáticos,
maldições, radicais livres, etc)
uma
nova se habilita
&
começa a fumegar
logo
essa se instala
sobre
as cicatrizes da anterior
(os
dentes do tubarão o braço do
polvo
o rabo da l a g a r t
i x a)
&
como a unha (& os cabelos) do defunto
começa
a crescer (sem que possamos
dosá-la ou, a exemplo
das bestas, fustigá-la)
soerguendo
a crista da montanha
contra
o tédio do teto
*
2 comentários:
PALAVRA
dando continuação
ao último poema que li
começo o próximo
aproximando
a um toque de dedos...
a primeira à última
palavra(s)
Sempre interessante reler Poema # 1
depois do último.
Boa semana!
retrato do extrato de nosso tempo.
muito bom, Rafael! :)
abraço.
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