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Amigos, o poeta Adalberto Souza, autor de Fantasmas não Andam de Montanha-Russa, escreveu uma resenha sobre o meu livro, Elefante. Confiram!
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Amigos, o poeta Adalberto Souza, autor de Fantasmas não Andam de Montanha-Russa, escreveu uma resenha sobre o meu livro, Elefante. Confiram!
Abraços!
Gosto de surpresas. Gosto de passar as páginas de um livro e de repente
voltar para ler outra vez um trecho que ficou na cabeça. Gosto de um livro que
continua comigo depois da leitura, falando e me fazendo pensar, como um
parceiro/companheiro vai me acompanhando, ultrapassando o limite da última
página e tornando-se íntimo do meu cotidiano.
Gosto da intimidade estranha que o livro proporciona, os versos, as
conexões as tantas formas de ver a mesma coisa. Quando recebi o belo livro
ELEFANTE (Araxá: Coletivo Anfisbena, 2012) do poeta mineiro Rafael Nolli, logo
nas primeiras páginas esse ar impregnado de ansiedade, igual àquela que nos
assola na antessala do dentista, quando ouvimos aquele som, temido,
"daquela broca procurando cárie", fui pego pela poética do autor, uma
sensação ofegante e com gosto de vida em cada um dos poros.
A poesia de Nolli é desautomatizada e livre de amarras, sua poesia, leva
a encontros, leva ao sentir mais perplexo e pulsante. Sua poesia intercala com
Belchior e Shakespeare, Paul Valéry e Pink Floyd, diálogos densos e chocantes
que levam o leitor por caminhos labirínticos onde o fio condutor ao mesmo tempo
que desnorteia, também serve de bússola.
O lirismo pungente é
sem pastiches, apenas poesia, forte e simples. Os versos são curtos, são
diretos, travestidos numa subversão das convenções teóricas. O autor mostra a
palavra e o sentir: "palavra por palavra//para por de pé o poema://bateia
roendo o leito do rio".
Uma leitura, um livro, um leitor
arrebatado! Uma poesia a ser compartilhada.
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