I
29/11/04
Seu ventre aberto sorri um riso de coisa a ser
degustada satanicamente... corre um arroio de prazer em meio a tuas coxas. Como
um cão vadio salto para o início (trêmulo!) do espetáculo. Na correnteza, nadam peixes que deságuam em mim. Repleto, transbordo, escorro – invento um rio
onde me afogo.
Seu ventre aberto sorri um riso de coisa a ser
degustada religiosamente... de suas coxas descem, ao infinito, um arroio. Como
um herege devasso a passagem para o ápice (efêmero!) do show. Na correnteza, peixes transbordam para
morrerem em minhas águas salgadas de mar transformado. Com dois passos venço a
tempestade que me transformo.
Faísca uma fagulha de sol no útero negro da
noite. Seu riso fecha-se em concha até transformar-se (provisoriamente!) numa
rosa.
Um comentário:
Oi, Rafael!
Eu perdi tantas postagens e, obviamente com o respeito de quem admira as letras alheias, pela sua página foi amor à primeira vista! Tu escreves muito bem!
Coloquei na lista do blog para não esquecer de acompanhar!
Li sua entrevista sobre seu livro ao público infantil, adorei!
Consegues caminhar pela prosa e poesia com facilidade... Aliás, diria que nunca tira o sapato da poesia ainda que a estrada seja repleta de parágrafos...
Boa semana!
Beijos! =)
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