Briton Revière (1840 – 1920) - Daniel na Cova dos Leões |
De fato, sua morte não
nos livra de nossa própria morte.
Antes,
nos mostra outras formas de morrer –
comum em todos os lugares
onde há rios de gordura
e grandes nuvens de açúcar
(como se sua morte – e toda a
burocracia em torno de seu corpo –
suspendesse a morte que trazemos conosco)
De fato, sua morte não
nos salva de nossa própria morte.
Antes,
nos mostra como iremos morrer –
verdade apontada
em pequenos sinais diários
e centenas de páginas de hemogramas
(como se sua morte – e todas as
obrigações em torno de seu corpo –
impedisse o andamento da nossa)
4 comentários:
Nenhuma morte nos livra da nossa, mas ficamos com mais empatia com todos aqueles que morrem.
Que a Poesia seja uma dessas formas de empatia, camarada!
Um grande abraço
Jorge
Nolli, se vc soubesse o quanto me tocou esse poema... demais, cara, e sempre gosto de vir aqui.
Beijo
Faces da Morte.....
Me fez lembrar desse filme,
Nolli sempre Nolli
Bjs
Um Poema bem conseguido, reflexivo e forte.
Parabéns, gostei de estar aqui.
anamerij
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