Tela: Ernest Descals |
Que se desabroche como flor
em um vaso sobre a mesa –
alimentada por lâmpada fluorescente
& água de cloro da torneira
(ou
às margens de uma estrada
que segue o curso do rio, onde
o sol queima os olhos dos cavalos)
Que se desabroche como flor
no canto escuro da casa –
regada pelo encanamento rompido
& o árduo trabalho intestinal
(ou
no peito do homem
que entre tantos outros caminha
para incendiar a cidade sitiada)
2 comentários:
Que maravilha!!!
Faz parte do seu novo livro?
Quero um! :D
Muitos e muitos abraços!
Jorge
Que desabroche como flor no peito do homem e seja dada como poesia para incendiar os ouvidos de todos da cidade sitiada. Abençoada flor assim desabrochada.
Eliane F.C.Lima
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