Uma calda espessa escorre
apagando a paisagem
o estranho molho molha
a cauda do camundongo
a fachada da sede do AA
a sede do camelo no Saara
a estampa do tecido do tudo
até que não sobre nada sobre nada
Faço um acordo com os deuses do sono
e acordo
Era preciso datar e catalogar as invasões bárbaras Descrever os saques, as pilhagens, fotografar o campo em chamas para delimitar novas fronteiras – esse meu mundo, sempre diminuindo! Ao norte, os planos vêm montados em asas de corvos O oeste, silente, se arma O sul, em marcha, rompe a campina próxima Uma gota de caos encharca o leste Perigo rondando Sempre Era preciso eternizar minhas mazelas, pois elas extravasam os limites de minha mente, e eis que meu corpo é muito pequeno para contê-las
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