31/12/03
...e é, na
...
*
Era preciso datar e catalogar as invasões bárbaras Descrever os saques, as pilhagens, fotografar o campo em chamas para delimitar novas fronteiras – esse meu mundo, sempre diminuindo! Ao norte, os planos vêm montados em asas de corvos O oeste, silente, se arma O sul, em marcha, rompe a campina próxima Uma gota de caos encharca o leste Perigo rondando Sempre Era preciso eternizar minhas mazelas, pois elas extravasam os limites de minha mente, e eis que meu corpo é muito pequeno para contê-las
31/12/03
...e é, na
...
*
15 comentários:
Que belíssimo texto, fria realidade,
constante miséria!
Que a paz e a igualdade nos atinjam mais rápido e tudo isso acabe..
Lindos fragmentos..pedidos verdadeiros!
Bjos
Bom dia Rafael
Olá Rafael,
Não adianta repetirem o natal… + valia adiarem para quando estivessem preparados…
Os homens deviam adiar o natal… para meditar…
Neste mundo a esperança rebola contra a insensibilidade…
Gostei mto…
!nfinito beijinho
Muito foda!
"Que as latas de lixo amanhã amanheçam repletas"
Porra Nolli, foda é pouco. Como disse no Poema Dia, é tão brutal que se torna lírico. Só você e o Chico Buarque conseguem isso.
Valeu camarada!
véio,
sou seu fã incondicional desde sempre.
esse poema é bem pertintente para esta data, que matamos o natal e damos mais valor no nosso egoísmo.
mano, adoro seu livro e te acho um humanista e um cara mais elevado.
grande abraço de irmão.
ca.
expressão de um sistema, massacrante.
sempre venho visita-lo. gosto de ver suas letras. abraço. isaias
Meu caro!
Pois que o ANO NOVO
destrone, de vez,
a Ano velho!
Um abraço
Rafael, quando alguém fala dessa realidade nossa de cada dia, há sempre um movimento de recusa, um silêncio de quem ficou chocado, achou demais - e no entanto as coisas se repetem a todo instante, e basta ir à rua, até à janela de sua casa, para ver os atores dessa tragédia.
Um ano em que as pessoas se tornem um pouco mais sensíveis e generosas, e que haja alegria e realizações.
Grande abraço
Obrigada por me seguir!
Se quiser, tenho outra morada: www.fragmentostodosmeus.blogspot.com
PS: super interessantes seus blogs!
não deixo de vir aqui. nunca!
um belo poema que somente agora tomei conhecimento, o nosso tempo tão curto nos afasta desse convívio com belos poemas.
abs
Flávio
Forte e expressiva poesia. Um texto limpo e poderoso. Belo , triste, real. Beijo.
A força característica de teus poemas, sempre chamando a todos pra briga com um tapa na cara - não tem como recuar depois disso: fere o orgulho...
O que será do novo ano pra esses povos? E dos próximos anos? E dos próximos povos?
Ah! Valeu por me corrigir, meu caro!
1[]!
metade o busto de uma deusa maia
metade um grande rabo da baleia
[...]
obrigada pelo texto-tapa,
amém.
A fome não é do homem e sim o social que faz o homem... Que o homem faz!
Gostei do seu olhar poético sobre tudo.
:)
Postar um comentário