Acaso tivessem nascido no Camboja
sobre a égide do Khmer Vermelho
teriam herdado terra & poder
Eram porcamente alfabetizados –
o pouco que sabiam, o sabiam mal,
exceto o tempero da dor e seus requintes
A eles restavam os prazeres gratuitos:
incendiar um supermercado e,
aos chutes, por fim à vida de um cão
Enquanto suas mães – em segredo –
lastimavam o dom da maternidade
e maldiziam o fruto do próprio ventre
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Para ouvir:
13 comentários:
verve de poeta revolucionário. olhar latente.
peso
pesado
Uma brabeira.
Abraço pra você.
«porcamente alfabetizados», imagem forte - ilustrativa! "curriculum a a(com)panhar… em fragmentos? Momento com fragas, despenhadeiros...
Abraço companheiro!!
um poema fortíssimo, camarada!
grande abraço!
jorge
Grande poema, como sempre, meu caro Nolli. Seus poemas enfeitiça e faz pensar. Abraço.
e sempre bom saber que o poder das ideias revlucionárias naos se apagram de todo.vivemos um tempo de cópias e fotocópias;clones,imitaçoes deixando o espirito critico na escuridão .abraço.
A voz do poeta nunca se cala, ainda bem pois ela sempre faz eco.
Perfeito como sempre Nolli!
Brasil aqui representado neste poema, seja assim Nolli, sempre forte nas palavras
beijos
Belo texto, sintetizou bem a situação no Camboja, naqueles tempos.
Estar aqui e colher tua poesia me arregala os versos...um beijo e sempre carinho Nolli.
Carmen.
Querido Nolli,
Fiz hoje uma postagem, cujo poema dediquei a você (http://poemavida.blogspot.com). Estou, particularmente, em um momento de luta, em que preciso de toda a coragem. O prefeito de nossa cidade pretende entrar com uma lei e colocar abaixo todos os nossos direitos adquiridos, prejudicando, principalmente, os funcionários aposentados. Necessito dessa sua alma jovem ecombativa. Fiz um link para cá.
Eliane F.C.Lima
Querido Nolli,
Já foi até lá ver o poema dedicado a você? Vi agora que tem a idade de meu filho, que também nasceu em 1980.
Um grande abraço,
Eliane F.C.Lima
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