4 – parte final
cada casa é uma trincheira
que se defende de um inimigo invisível
(talvez seja o vizinho
ou nós mesmos – algo nos diz)
e rua por rua a guerra é perdida
pelo avanço de exército nenhum
*
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
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17 comentários:
Demorou essa parte final... Me lembrou algo que já senti: o medo do medo. Abração!
Intenso, real, porém, poético. O medo maior é de nós mesmos.
Caramba, rapaz, parece que seus poemas contém gramas de um combustível revolucionário, parece que é uma droga ao avesso: explodem nosso cérebro numa clareza absurda, uma vontade de agir. Muito bom! Como posso ver as outras partes que o pessoal deu a entender acima?
OI, RAFAEL, BOA NOITE. SURPRESA COM IMAGENS E TEXTO. TUDO EM MOVIMENTO, PARECE BOLIR COM A GENTE. E QDO MEXE, JÁ FICAMOS DIFERENTES. ABRAÇOS!
Nolli, há tempos não acompanho uma 'série' poética como essa, sua.
O engraçado é que, embora eu escreva meus versinhos aqui e acolá, acho que a poesia - brasileira, principalmente - está muito chata. E daí vem você com essa unha na carne toda... e mostra que nem tudo está perdido. heheheheehe.
Tem muita coisa boa sendo escrita, felizmente, mas poucas são cruamente poéticas. A tua coisa é.
E é uma delícia ler. O assunto do cárcere seria apenas mais uma notícia nas páginas policiais, se você não tivesse feito disso 'arte'.
Um beijo, querido!
ps: sem falar que essa foto do Saudek é a fuga mais linda que se pode retratar.
BeijO!
a casa: uma trincheira
o corpo: o solo em que as balas
se abatem.
belo texto, meu amigo.
um grande abraço
jorge vicente
Caro L. Rafael Nolli, li as outras partes da ópera rock e só posso dizer que ganhaste um fã. Os poemas acabaram comigo, se é o que você queria! E tem mais: reencontrei na sua poesia um tipo de narrativa que considero fundamental para nosso gênero. Pra mim, poesia é muito isso que você faz: dizer um tanto de coisa que a gente sente mas não sabe como identificar. Tenho lido muito poeta que não comunica, que não narra a vida que nos compete. E você meu caro, como um Drummond invocado, um Che amansado, o faz. Meus parabéns. Aliás, fiz um poema senão em sua homenagem, em homenagem ao espírito dos seus escritos. Depois confira lá. Grande abraço e estima!
P.S.: se me permite, acho que devia colocar o link das outras partes da ópera no próprio post da 4 parte final, facilitaria muito para os interessados!
Ah, só mais uma coisa: o poema 'A um toque das mãos ter as pessoas'... puxa, sensacional! Canção Latina Libertária, deveria ser o título!
Boa noite!
Este é tb um blog k vale a pena. Parabéns!
muito bom o poema e a foto.
Essa guerra nos dá força e renovamos nela a cada dia perdido! Abração!
Ai que saudade desta maravilhosa Blogosfera! Saudade de pessoas ótimas como vc! Adorei o post!!!
Muito trabalho e compromissos me impediram de passar por aqui antes! Hoje, inclusive... Passei o dia todo na minha primeira aula da Pós graduação em Antropologia!! Já estou apaixonada, cheia de ânimo e projetos! Obrigada pela visita, por me desejar sorte e por fazer parte da minha terapia!
Beijos, a gte se fala!
Nolli
vim atualizar-me das leituras todas
beijos
Paola
kamikazes incapazes de ir à luta...
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