segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

ÓPERA-ROCK SOBRE O CÁRCERE DE ABAETTUBA

Jan Saudek


4 – parte final



cada casa é uma trincheira
que se defende de um inimigo invisível

(talvez seja o vizinho
ou nós mesmos – algo nos diz)

e rua por rua a guerra é perdida
pelo avanço de exército nenhum





*

17 comentários:

Héber Sales disse...

Demorou essa parte final... Me lembrou algo que já senti: o medo do medo. Abração!

Adriana Godoy disse...

Intenso, real, porém, poético. O medo maior é de nós mesmos.

Anônimo disse...

Caramba, rapaz, parece que seus poemas contém gramas de um combustível revolucionário, parece que é uma droga ao avesso: explodem nosso cérebro numa clareza absurda, uma vontade de agir. Muito bom! Como posso ver as outras partes que o pessoal deu a entender acima?

Ceci disse...

OI, RAFAEL, BOA NOITE. SURPRESA COM IMAGENS E TEXTO. TUDO EM MOVIMENTO, PARECE BOLIR COM A GENTE. E QDO MEXE, JÁ FICAMOS DIFERENTES. ABRAÇOS!

Samantha Abreu disse...

Nolli, há tempos não acompanho uma 'série' poética como essa, sua.
O engraçado é que, embora eu escreva meus versinhos aqui e acolá, acho que a poesia - brasileira, principalmente - está muito chata. E daí vem você com essa unha na carne toda... e mostra que nem tudo está perdido. heheheheehe.
Tem muita coisa boa sendo escrita, felizmente, mas poucas são cruamente poéticas. A tua coisa é.
E é uma delícia ler. O assunto do cárcere seria apenas mais uma notícia nas páginas policiais, se você não tivesse feito disso 'arte'.
Um beijo, querido!

Samantha Abreu disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Samantha Abreu disse...

ps: sem falar que essa foto do Saudek é a fuga mais linda que se pode retratar.
BeijO!

jorge vicente disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
jorge vicente disse...

a casa: uma trincheira
o corpo: o solo em que as balas
se abatem.

belo texto, meu amigo.

um grande abraço
jorge vicente

Anônimo disse...

Caro L. Rafael Nolli, li as outras partes da ópera rock e só posso dizer que ganhaste um fã. Os poemas acabaram comigo, se é o que você queria! E tem mais: reencontrei na sua poesia um tipo de narrativa que considero fundamental para nosso gênero. Pra mim, poesia é muito isso que você faz: dizer um tanto de coisa que a gente sente mas não sabe como identificar. Tenho lido muito poeta que não comunica, que não narra a vida que nos compete. E você meu caro, como um Drummond invocado, um Che amansado, o faz. Meus parabéns. Aliás, fiz um poema senão em sua homenagem, em homenagem ao espírito dos seus escritos. Depois confira lá. Grande abraço e estima!

P.S.: se me permite, acho que devia colocar o link das outras partes da ópera no próprio post da 4 parte final, facilitaria muito para os interessados!

Anônimo disse...

Ah, só mais uma coisa: o poema 'A um toque das mãos ter as pessoas'... puxa, sensacional! Canção Latina Libertária, deveria ser o título!

o que me vier à real gana disse...

Boa noite!

Este é tb um blog k vale a pena. Parabéns!

Anônimo disse...

muito bom o poema e a foto.

Anônimo disse...

Essa guerra nos dá força e renovamos nela a cada dia perdido! Abração!

Francine Esqueda disse...

Ai que saudade desta maravilhosa Blogosfera! Saudade de pessoas ótimas como vc! Adorei o post!!!
Muito trabalho e compromissos me impediram de passar por aqui antes! Hoje, inclusive... Passei o dia todo na minha primeira aula da Pós graduação em Antropologia!! Já estou apaixonada, cheia de ânimo e projetos! Obrigada pela visita, por me desejar sorte e por fazer parte da minha terapia!
Beijos, a gte se fala!

Paola Vannucci disse...

Nolli


vim atualizar-me das leituras todas


beijos

Paola

J.F. de Souza disse...

kamikazes incapazes de ir à luta...